sexta-feira, 27 de abril de 2018

Teresa Salgueiro | HORIZONTE

Horizonte


Ali se eleva o meu canto
É às distâncias que grito
Este delíro, este espanto
Que em tantos dias eu sinto

Pertenço aos montes longínquos
É dali que eu quero ser
Se não for por amar tanto
De que me serve viver?

Aqui me entrego
Entre a Terra e o Céu
Cumpro cantando
Um destino que é meu

E vou pensando
Entre o Céu e a Terra
Guardo, cantando,
Um sonho, uma quimera

Num oceano profundo
Abandono as minhas mágoas
Ando tão longe do mundo
Vou levada pelas águas

É este afinal o encanto
Que determina o meu ser
Se não for por amar tanto
De que me serve viver?

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